quinta-feira, 18 de maio de 2017

LITERATURA MARGINAL / LITERATURA PERIFÉRICA

LITERATURA DA PERIFERIA



  Há alguns dias tenho me envolvido bastante com a literatura marginal. Também chamada de literatura periférica, esse tipo de produção cultural está à margem das grandes casas publicadoras, bem como seus autores estão distantes das grandes mídias. É a escrita de quem está de fora dos holofotes da cultura elitizada. É a voz da periferia da cidade. 


   De modo geral, quando se fala dos bairros afastados do centro das grandes metrópoles, costuma-se destacar muito mais o que há de precário nessas regiões do que a viva e produtiva atividade cultural que os mesmos cidadãos marginalizados produzem. Consolidados há alguns anos, os eventos culturais da periferia vêm ganhando força. Foram, especialmente, os saraus que despertaram a veia artística de gente para quem o mercado editorial torceria o nariz. Além de incentivar a leitura de poesia, os saraus da periferia têm revelado excelentes poetas, com qualidade que vai além da crítica social ( principal característica do gênero). São obras de qualidade técnica. Rimas muito bem construídas, poesias concretas, surpreendentes efeitos sonoros! 





  Um dos nomes que vem ganhando destaque na literatura periférica é o de Rodrigo Ciríaco, o traficante da poesia. Seu livro "Vendo pó.. esia" é um exemplo fantástico da perfeita combinação da técnica com a crítica social. O autor ainda mantém um trabalho com alunos de uma escola estadual, com quem criou o grupo "Os mesquiteiros" e publicou a obra "Pode pá que é nóis que tá". 












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Ciríaco, Rodrigo. Vendo pó... esia. Editora Nós. 

"Pode pá que é nóis que tá" - Coletanea Sarau dos Mesquiteiros 

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