domingo, 11 de dezembro de 2016
Custo a acreditar que você não está aqui
Que vontade de chorar!
A vida anda estranha e eu tenho um embrulho no estômago.
Meu peito está apertado.
Eu vacilo entre a esperança e a descrença.
Viver traz dores que nos silenciam.
O que dizer diante do mistério?
Já faz um tempo, eu aprendi a respeitar os segredos da vida.
Mas há que se admitir: dói viver! Embrulha o estômago e aperta o peito.
Tudo não passa de se concentrar no presente. Mas o coração do homem quer andar no tempo.
Prender-se ao passado, prever o futuro.
Se planejamos o futuro, não pode ser outra coisa senão ter fé. Não temos nenhuma garantia de chegar lá.
Se sofremos de passado, só pode ser saudade. Não temos nenhuma possibilidade de voltar lá.
O homem sofre o tempo.
Mas Deus é eterno.
Hoje eu tento respeitar o mistério e aceitar com gratidão o que me chega no presente.
Com passos calmos vou andando rumo ao futuro. Com esperança, recebo o que ele me reserva.
Mas o meu peito dói e meu estômago embrulha. Há um buraco na minha alma. Só pode ser saudade.
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